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Interação entre os nutrientes

Nutrição Vegetal - Interação entre os nutrientes

É importante aplicar a quantidade correta de nutrientes, sejam eles macronutrientes (Nitrogênio, Potássio, Fósforo, Cálcio, Magnésio e Enxofre), ou mesmo os micronutrientes (Ferro, Zinco, Manganês, Cloro, etc...). Existem diversos métodos analíticos para verificar se ocorre alguma deficiência desses elementos.


Porém, o cultivador experiente e que sabe como se comporta a sua mídia de cultivo, pode verificar através da diagnose visual alguns problemas e facilmente saná-los a medida que os sintomas forem percebidos.


Ao utilizar de fertilizantes, a maior causa de deficiência estará relacionada com o balanço incorreto dos nutrientes e a interação entre eles e a mídia de cultivo.


Existe uma publicação muito importante feita pelo D. Mulder em 1953, que aborda a interação entre os nutrientes no solo. Com o passar dos anos autores adicionaram informações ao gráfico, que ficou bem famoso entre diversos growers.

O gráfico é constituído por linhas sólidas e pontilhadas, as linhas pontilhadas indicam uma relação de sinergia, indica que um nutriente ajuda a absorção de outro, já as linhas sólidas indicam um antagonismo entre os elementos, sendo que um elemento dificulta a absorção de outro.


Como exemplo clássico, percebemos que o Cálcio se tiver em excesso pode causar deficiência de Magnésio, entretanto o Nitrogênio consegue equilibrar essa deficiência, sendo necessário a adição de nitrogênio para resolver o problema.


Caso esteja em excesso o Cálcio, causando deficiência de Magnésio, se o cultivador adicionar mais Magnésio poderá criar uma deficiência de Potássio, o que desencadeará outros problemas. Por isso, as vezes, ao tentar resolver uma deficiência, o resultado acaba sendo desastroso e a planta piora ainda mais.


Quando levamos em consideração a mídia de cultivo, essas interações são ainda mais complicadas de se entender, porque além dos nutrientes interagirem entre si, eles irão interagir com a planta e também com o substrato. Daí que entra os valores da capacidade de troca catiônica CTC, a medida do potencial redox (Eh) e o potencial hidrogeniônico (pH).


De forma bem simples, dizemos que os cátios, que são elementos com cargas positivas são atraídos por coloides que tem carga negativa, o mesmo acontece com os ânions, que são elementos com carga negativas, são atraídos por coloides de cargas positivas.

Existem também as interações entre os elementos formando complexos iônicos, a fim de simplificar, não iremos abordar nessa postagem.

A depender do valor de pH do substrato, as substâncias húmicas carregam negativamente seus grupos funcionais, exercendo um importante papel de "segurar" os nutrientes com cargas positivas (H+, K+, Na+, Ca++, Mg++, NH4+, Zn++, Mn++, Fe++, etc...). Vale lembrar que a turfa utilizada nos substratos comerciais, tem uma grande quantidade de substâncias húmicas, dessa forma nós não a consideramos como "inerte".


As argilas também exercem esse papel de "segurar" os nutrientes, a maior parte das argilas estão carregadas negativamente o que lhes confere a capacidade de reter cátions.

*Existem algumas argilas que combinadas com compostos orgânicos, exercem o papel de segurar ânions, essas argilas apresentam cargas positivas na superfície.

Nesse ponto, a matéria orgânica do substrato, funciona como um mediador entre a disponibilidade de nutrientes solúveis, como também a proporção entre eles. Ainda mais que, com suas reservas de carbono servem de meio pelo qual os microrganismos interagem com os nutrientes, com as argilas e com as plantas.

Muitos produtos foram criados entendendo essa relação, esses produtos promovem a eficiência nutricional, significa que contém compostos que interagem com os nutrientes, tornando-os mais disponíveis para as plantas e muitas vezes diminuindo o efeito deletério do excesso de fertilizantes.




Um exemplo é o próprio BioFértil AnandaVida, que mesmo não contendo quantidades significativas de nutrientes (N, P, K, Ca, Mg, S, etc..), consegue promover o crescimento vegetal em qualquer fase, desde a germinação até o final de flora.

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