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O Solo

Produto do intemperismo/decomposição das rochas.


Um bom solo/substrato deve conter todos os nutrientes necessários para manutenção da microvida e, consequentemente, nutrição das plantas. Existem mais de 70 oligoelementos nutrientes para o solo/planta. Porém, muitas vezes na agricultura convencional são repostos apenas 12 a 18 elementos, que são considerados os principais para a produtividade das plantas. Nesses sistemas convencionais o pensamento é sempre em relação às plantas e nunca em relação ao solo.


A qualidade do solo aumenta quando o cultivador pára de pensar na planta e começa a pensar no solo como o principal agente de nutrição para as plantas. O pensamento não é em nutrir as plantas, mas sim em nutrir o solo e a micro/macrovida que estão ali, desde microrganismos, microartrópodes, minhocas, nematóides, protozoários, até insetos maiores. Essas interações entre os reinos é que cria a fertilidade e resiliência dos solos.


Conseguimos produzir sem fertilizantes, mas não sem fertilidade.


Para colocar todos os elementos no solo, precisamos de materiais que sejam insolúveis em água, ou que sejam muito pouco solúveis, para que com a ocorrência de chuvas ou irrigação, os nutrientes não sejam levados embora pelo carreamento da água.


A medida que os nutrientes forem sendo disponibilizados, precisamos de uma condição fisicoquímica que segure esses nutrientes o máximo possível e possa fornecê-los às plantas de forma gradativa e condizente com as suas necessidades. Essa troca de nutrientes deverá ser controlada pela própria planta, que tem mecanismos de se comunicar com o solo e liberar os sais.


Existe uma ordem de grandeza entre as fases do solo. Consideramos que tenha 1 Milhão de átomos nutrientes na fase mineral (cristais de rocha), enquanto que o complexo de troca (CTC/CTA) possui Mil átomos nutrientes. Por sua vez, a solução do solo, que contém os nutrientes que a planta absorve, teria apenas 1 átomo nutriente. Isso significa que a fase mineral(rocha) tem 1 milhão de vezes mais nutrientes do que a planta consome e o complexo de troca tem mil vezes mais nutrientes. 10^6(Mineral)...10^3(CTC/CTA)...1(Solução do Solo).



Interações entre as fases do solo

Essa interação entre as fases do solo se dá da seguinte forma: a planta retira da solução do solo o seu nutriente e, por equilíbrio químico/microbiológico, o complexo de troca libera novamente o nutriente para a solução e, também por equilíbrio químico/microbiológico, a fase mineral(rocha) libera o nutriente para o complexo de troca, criando assim um gradiente constante de nutrientes.


Caso o solo não possua uma microvida ativa, esse processo pode demorar anos, dezenas de anos, ou até mesmo centenas a milhares de anos. Por isso, consideramos que não existe fertilidade sem microvida.


Para montar um solo que atenda a todas essas características de forma eficiente e duradoura, precisamos de uma boa fase mineral(pó de rocha), de um bom complexo de troca de nutrientes (Biochar, Húmus, Turfa, Coco, Argilominerais) e da biodiversidade microbiológica/macrobiológica. Com todos esses parâmetros atendidos, o solo terá uma boa estrutura, a microvida garantirá os processos fisicoquímicos melhorando a troca tanto de nutrientes como de gases, favorecendo o crescimento das raízes e das plantas.


Das quantidades e das qualidades dos componentes, consideramos o teor ideal de 20~25% de Biochar de variados tamanhos (1~10mm), 5% de Pó de rocha, 50% de areia e 20% de argilominerais (de preferência sem óxidos de Fe/Al e com razão Si/Al 2:1).

A depender dos argilominerais utilizados, não necessita corrigir com calcário, pois o Biochar juntamente com o pó de rocha irão corrigir a acidez. Caso o solo tenha argilas amarelas, brancas ou vermelhas, a dose de calcário pode variar de 0,1g/L até 0,3g/L de solo.


Dica:

As rochas dificilmente contém Nitrogênio na composição, caso todos os nutrientes estejam corretos no solo, será a concentração de Nitrogênio que determinará a velocidade de crescimento da planta. Para atender a essa necessidade, o Biochar deve ser carregado com adubos nitrogenados (Torta de Mamona, Algodão, Estercos, etc...) e a reposição deverá ser feita via cobertura de matéria vegetal morta, de preferência com razão C/N de 20~30.

Existem compostos nitrogenados que possuem liberação lenta e equilibrada, um deles é a quitina.

A quitina é o segundo polissacarídeo mais abundante na natureza depois da celulose, sendo o principal componente do exoesqueleto de crustáceos e insetos. Sua presença ocorre também em nematóides e parede celular de fungos e leveduras. Caso se utilize quitina, esta, não pode passar de 1%.

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