Experimentos demonstram que o Nitrogênio (N) em desequilíbrio (falta ou excesso), provoca várias doenças, além de influenciar no aumento de pragas em diversas culturas.
Quando há nitrogênio em excesso nas plantas, ocorre acúmulo de substâncias nitrogenadas nas células, aumentando a suscetibilidade ao ataque de diversas pragas, tanto de insetos como de fungos e outros microrganismos.
Após a aplicação de sulfato de amônia, verifica-se o aumento no teor de nitrogênio nas folhas bem como na fecundidade da cigarrinha (Saccharosyne saccharivora).
O N amoniacal (sulfato de amônia, nitrato de amônia) acarreta um nível mais baixo de proteossíntese (aumenta o conteúdo dos aminoácidos nas folhas) em relação ao N nítrico, tornando as plantas mais sensíveis aos patógenos e pragas.
Quando adubada com N amoniacal, os tecidos das folhas e seus exsudados, apresentaram-se com teores de aminoácidos três a quatro vezes mais alto, bem como teores de açúcares mais elevados, tornando as plantas mais suscetíveis a Botrytis (podridão das flores) em relação àquelas adubadas com N nítrico, pois o N amoniacal reduz a proteossíntese.
A seca provoca certos fenômenos nas plantas, principalmente acréscimo do teor de N não protéico, queda do teor de auxinas, redução da síntese protéica, aumento de asparagina e prolina, o que favorece a infecção por Fusarium sp.
Pode-se ainda questionar se o excesso de N mineral ou orgânico no solo, não atuaria no bloqueio do Potássio(K) e, talvez por isso, as dosagens nos fertilizantes são tão altas.
Sabe-se que o excesso ou deficiência de K são muito prejudiciais ao desenvolvimento da planta, podendo conduzir a um acúmulo de Nitrogênio solúvel, o que também leva ao ataque de patógenos.
Desta maneira, qualquer prática que conduza ao equilíbrio entre quantidade e qualidade, irão melhorar os rendimentos e deixar as plantas mais resistentes, resultando em boas colheitas.
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